O país está dividido, esquerda, direita, preconceitos e
palavras de ódio, a questão deixou de ser partidária e transformou-se em uma
questão social e de sexo, onde a agressão se dar principalmente a mulher. Em
pleno 08 de março, dia internacional da mulher a primeira presidenTA do Brasil
em seu segundo mandato, foi agredida
verbalmente com vaias e xingamentos machistas, de puta, vaca e outros mais que
queira Lula saber quais foram, justo no dia da Mulher inventam um tal de
panelaço, poderia ser qualquer coisa, inchaço, tijolaço, gritaço, mas não, foi
Panelaço, segunda demonstração do quanto o nosso país é ainda patriarcal.
Estávamos a um passo para uma sociedade desenvolvida e igualitária, mas a
"classe alta" que pode pagar uma empregada não quer ver uma mulher
negra e pobre fazendo faculdade de Direito em universidades particulares,
estamos lado a lado da democratização e socialização de um país desigual há
tanto tempo, mas há ainda as moças que tem vergonha de não saber cozinhar e o
rapazes que acham que o sexo feminino não entende de política e que lugar de
mulher é na cozinha. Foi isso o nosso dia de comemoração de luta da classe
oprimida que está conquistando a cada dia mais lugares na sociedade, as
mulheres de empresários estão fazendo um panelaço com o terceiro mês do segundo
mandato de Dilma Rousseff, a Senhora que sancionou o feminicídio e está colocando
na porta da frente a descriminação do aborto. Não sei se corro ou fico, nós
deveríamos bater no seio e dizer que estamos conseguindo, enquanto a França a
40 anos da luz à mulheres que tem direito e liberdade sobre seus corpos, o
problema pode ser político e econômico, mas não é motivo para chamarem uma
mulher de vaca, a não ser que ela seja sua amiga mais íntima e isso não siga
como ofensa.
O que parece é que os homens amedrontaram-se, notaram que
o país está caminhando para uma sociedade matriarcal e socialmente
desenvolvida, onde mulheres, negros e pobres estão tendo seus devidos lugares,
universidades, empresas, rolezinhos em shoppings, e agora falta empregadas
domésticas, porque elas conseguiram abrir seu próprio negócio, é esse o
negócio, o medo da classe bem sucedida é que todos ocupem o mesmo espaço, por
isso criaram o tal panelaço. Não adianta gritar, querer tirar quem está no
poder, o Brasil é imenso, não dar pra tomar conta de mais de 200 milhões de
pessoas, não dar pra descobrir todos os problemas sociais e econômicos em
apenas 8 anos, mas nesta estadia de oito anos no governo o partido de
"esquerda" mudou a vida de alguns muitos brasileiros, então há mais
facilidade em atribuir a culpa a um gênero que há séculos é culpabilizado, porque
ninguém notará esse preconceito (machismo), encontrar a culpa em uma mulher no
meio de tantos homens corruptos é fácil, mas encontrar a coragem e a
insistência em melhorar o país que ela tem em um homem sequer que é meio
difícil. E sobre o 15 de março, não adianta tentar derrubar uma mulher, quando
isso acontece todas elas se levantam.