terça-feira, 18 de outubro de 2016

Carta para Isabel.

Isabel, tenho sentido sua falta.
Nego-me por inteira a crêr em teu peso, acredito em tua dor, em tua ânsia de viver, nas suas agonias, em teu criar.
Mas teu peso não!
Anjos não pesam, flutuam.
Sereias não pesam, flutuam nas superfícies das águas.
Mulheres não pesam, flutuam.
Tu não pesa, é luz aquarelada do fim de tarde.
No início da noite
E no meio da manhã quando se deita, cansanda pelo tempo.
Isabel, creio em tua insanidade,  pois os insanos são os mais sensíveis que conheço. Tua insanidade eleva tua alma ao azul do céu.
Em teu peso me nego a crêr,  sereias flutuam.
Porto Alegre, 05 de Maio, 2016. Outono.

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