Em quantos olhares já se entregou!?
Entregar-me!? Só nos mais difíceis, nos mais singelos, mais calmos e claros.
Me entreguei em dois;
Me guardei em um;
Me recordo de vários.
Quantos olhares te fuzilam, te acalmam, te debocham ou te apaixonam?
O mais estranho-bonito, o mais simples, o mais sincero ou o mais sensível.
Quantos ou quais olhares te abraçam?
Lhe diz nada, lhe diz muito ou lhe diz tudo!?
Quantos olhares te contam uma grande história, uma vida inteira passa por mim, entre olhos enrugados, cansados, de óculos, e um olhar que tem poucos meses de vista.
Os azuis e os verdes me entrego quase que por inteira, os pretos e os castanhos me entregam uma caixa de curiosidade. Mas gosto mesmo de olhares perdidos, que de brinde ganho um sorriso de canto de boca. Esses olhares são os que me encantam, que fazem os meus olhos desviar, fazem os meu olhos se intimidar, são esses que causam curiosidade no meu olhar, são os que me interrogam, os que realmente me tiram o ar.
Quantos olhares lhe fazem espelho da alma? Afinal os olhos é o único lugar onde ainda existe alma.
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