domingo, 13 de julho de 2014

Dos sentires.

Siga as luzes, os brilhos,
os sinais.
os faróis,
os olhos.
Fecham-se, vermelho, amarelo, verde,
tantas cores
perdidas nas ruas
no vento,
na lua da rua.
Siga o brilho dos olhares,
as gentes enraizadas,
pupilas caleidoscópicas.
As horas costumam sair pelos cantos,
lá vão elas pela porta dos fundos,
pelas beiras.
São as lucidas suicidas horas,
tão grandes e escondidas,
nas ruas desconhecidas.
E tudo que sinto meu corpo
mostra.
Todas as pontas,
Das orelhas,
das mãos,
dos pés,
Das pontas dos olhos,
as pupilas,
Das pontas das ruas,
aos brilhos delas,
eu,  purpurina,
serpentina.
E as horas sobem ladeiras,
curvam-se,
perdem-se.
Pede!
E tudo que sinto as pontas do corpo
fala, mostra, vibra.
E tudo que sinto, sentes a ponta do corpo.
As pontas dos cabelos,
das vielas,
da alma,
as pontas das mãos,
da língua falam!
Sinto, logo vivo,
brilho,
vejo.
Sinta-se a vontade para sentir meus olhos.
Pupilas, que brilham.




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