domingo, 23 de outubro de 2016

Carta para D.

Querença.
Deixei em sua casa alguns grampos de cabelo, acho que dois, que um dia ei de buscar. Deixei em teu peito o palpitar do meu coração, e a minha memória auditiva do pulsar do seu, Deixei em teu sexo meu melhor querer, o meu melhor anseio. Deixei em teus lábios meu gosto, meu seio, meu ser.
Pena que me deixou por outro peito de ombros largos que não tenho,
Se deixasse virava teu corpo inteiro do avesso e me vestia nele.
Deixou agora saudade, desejo, vontade de embriagar-me de ti por dias seguidos.
Deixasse em meu corpo todo o teu cheiro.

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